Resistência flexural de resina acrílica polimerizável em microondas / Flexural strenght of acrylic resin cured by microwave oven

Várias pesquisas têm sido feitas com a finalidade de otimizar os métodos de polimerização de resinas acrílicas. Dentre as descobertas inclui-se a utilização da energia de microondas. Para as resinas acrílicas nacionais, os fabricantes preconizam um ciclo de polimerização alternado de 3 minutos em uma potência de 400W, 4 minutos a 0W e mais 3 minutos a 800W. Buscando simplificar ainda mais o processo de polimerização das resinas acrílicas, surgiu uma proposta de um ciclo alternativo de 3 minutos a 500W. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar a eficácia deste novo ciclo, através do ensaio de resistência flexural, de acordo com a especificação n° 1567 da ISO, que requer um valor mínimo de 65MPa. Foram confeccionados 10 corpos de prova da resina acrílica termopolimerizável em microondas da marca Onda Cryl, divididos em dois grupos: o grupo de controle (C), polimerizado de acordo com as orientações do fabricante e o grupo experimental (E), polimerizado por 3 minutos com 500W de potência. A partir dos testes realizados em uma máquina de ensaios obteve-se os seguintes resultados médios de resistência flexural em Mpa e respectivos desvios-padrão: C= 83,85 ±6,51 e E= 89,72 ±6,84. Com base nos resultados é lícito concluir que em relação à resistência flexural, a resina polimerizável em microondas Onda Cryl, pode ser polimerizada no ciclo reduzido de 3 minutos a 500W, uma vez que os resultados obtidos no presente estudo atenderam à especificação n° 1567 da ISO

Fluoride release and uptake from glass ionomer cements and composite resins / Liberação e absorção de flúor de cimentos de ionômero de vidro e resinas compostas

O objetivo desta investigação foi avaliar a liberação e absorção de flúor de 4 cimentos de ionômero de vidro (CIVs)- Vitremer (VIT), Fuji II LC (FII LC), Fuji IX (FIX), Chelon Fill (CHE)- e duas resinas compostas (RCs)- Heliomolar (H) e Zeta-100 (Z-100). Foram confeccionados 8 discos (8 mm x 2 mm) de cada material e armazenados em recipientes plásticos contendo saliva artificial a 37°C. No grupo 1 (N = 3), os espécimes foram imersos em saliva artificial, a qual foi trocada diariamente durante 25 dias. No grupo 2 (N = 5), além de receber o mesmo tratamento dispensado ao grupo 1, os espécimes foram imersos, após 24 horas, em solução fluoretada (NaF a 1 por cento) durante 1 minuto previamente à troca diária de saliva artificial. A quantidade de flúor liberada nos dias 1, 2, 5, 10, 15, 20 e 25 foi acessada através de um eletrodo específico para flúor (9609 BN-Orion) conectado a um analisador de íons (SA-720 Procyon). Os dados foram analisados através de ANOVA de duas vias e do teste de Friedman. Os CIVs liberaram maior quantidade de flúor nas primeiras 24 horas. Após esse período, a quantidade média de flúor liberada decresceu. A resina composta H liberou flúor apenas durante as primeiras 24 horas, enquanto que a Z-100 não liberou flúor. Com relação ao tratamento com solução fluoretada, as RCs não absorveram flúor, ao contrário dos CIVs (VIT=FII LC=CHE>FIX)